História da sidra e os seus benefícios
A sidra é uma bebida que se obtém da fermentação do sumo de maçãs.
Existe uma grande confusão entre as palavras “sidra” e “cidra“. Estas sendo homófonas, quando escritas são muitas vezes incorrectamente aplicadas. A “sidra” é a bebida proveniente da fermentação de maçã com teor alcoólico entre 5 e 7% vol. (bebida com tradição no Santo da Serra e mais recentemente nos Prazeres e São Roque do Faial). Enquanto que a “cidra” é o fruto da cidreira, pertencente à família das Rutáceas (normalmente utilizada nos mais ricos bolos de Mel de Cana da Madeira).
Existem várias opiniões sobre a origem da sidra. Todos os estudos referem esta bebida desde os tempos anteriores a Cristo, uns autores reportam-na à civilização Egípcia (3000 a.C.), outros à civilização Grega (600 a.C.), enquanto também há estudiosos que atribuem-na aos Celtas (800 a.C.), onde já era conhecida uma bebida extraída de maçã. Terão mesmo sido estes últimos os grandes responsáveis pela sua expansão na Europa.
Actualmente, os países europeus com produção significativa de sidra são a Alemanha, a França, a Espanha, a Suécia, a Noruega, a Bélgica, o Reino Unido, a Croácia e a Dinamarca. É de salientar que a Espanha é o ainda único país em que esta bebida beneficia de uma denominação de origem (DOP) reconhecida pela União Europeia, zona das Astúrias, onde tem grande tradição.
Existem duas formas de servir a sidra: fria ou quente. A sidra fria poderá ser “natural” ou “gaseificada“, com semelhança aos espumantes ou espumosos.
As sidras frias naturais são aquelas que se designam como tranquilas, ou seja, não existe gaseificação nem nenhuma fermentação alcoólica adicional, sendo apenas o produto resultante do final da fermentação alcoólica do sumo de maçã. Esta fermentação alcoólica poderá ser total (transformação total dos açúcares em álcool pelas leveduras) ou parcial (ficando ainda alguns açúcares residuais que não foram totalmente transformados em álcool).
A sidra resulta, assim, mais ou menos adocicada, de acordo com a maior ou menor quantidade de açúcares residuais.
A sidra fria gaseificada poderá ser com produção natural de gás carbónico (processo idêntico ao espumante), resultante de uma segunda fermentação alcoólica em que se dá a libertação de gás carbónico (CO2) ou com a adição de CO2 (processo idêntico ao espumoso).
Características da sidra:
- sidra fria – fresca, leve e com elevado potencial aromático, dependendo das variedades de maçãs utilizadas;
- sidra quente – o seu sabor e aroma são modificados pelo calor, passando a ter um aroma mais evidente de maçã cozida.
A sidra fria, independentemente de ser natural ou gaseificada, deve ser servida à temperatura de aproximadamente 5ºC, sendo como tal aconselhada para a época de calor, em que as bebidas de mais baixa temperatura têm um efeito (aparentemente) refrescante. Pode ainda ser servida com a adição de outros produtos, tais como casca de limão e açúcar, ou com gelo, hortelã e açúcar.
No caso da sidra quente, a temperatura deverá ser idêntica à de um chá, sendo então indicada para dias frios. Muitas vezes, estas sidras quentes têm como base uma infusão de ervas e/ou especiarias.
- rica em sódio, cálcio, ferro, potássio, magnésio, fósforo, cloreto e vitaminas do grupo B;
- acção diurética – ajuda a eliminar o ácido úrico e previne a formação de pedras nos rins;
- regula os níveis de colesterol;
- propriedades anti-oxidantes – as propriedades anti-oxidantes da sidra são mais benéficas que as do vinho pois o seu teor alcoólico é menor;
- previne o aparecimento de cancros e doenças cardiovasculares;
- previne o aparecimento de doenças coronárias devido ao seu alto teor em pectina impede o infarto do miocárdio;
- regula os níveis da pressão arterial combatendo problemas de arteriosclerose;
- propriedades laxantes – ajudam a equilibrar a flora intestinal prevenindo o aparecimento de cancro cólon;
- previnem acidentes vasculares cerebrais;
- combatem alergias; etc.