Tupinambo – Já provou este tubérculo pouco conhecido?
O tupinambo também conhecido popularmente como girassol batateiro e alcachofra-girassol, pertence à espécie Helianthus tuberosus – família Asteraceae.
É uma planta nativa da América do Norte, mas o seu nome tupinambo provém dos Tupinambás – povos indígenas que viviam no Brasil.
Esta planta vivaz pode atingir os três metros de altura. As suas folhas são ásperas ao tacto, assim como o seu caule.
As flores são amarelas e as suas pétalas comestíveis. Estas são muito atractivas para as borboletas e as suas sementes são muito parecidas com as dos girassóis (Helianthus annuus) – as aves adoram-nas!
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Já as suas raízes (tubérculos) também são comestíveis e eram muito usados na alimentação em várias partes do mundo, mas acabaram por cair no esquecimento perante a popularidade da batata.
Existem variedades com tubérculos brancos, vermelhos ou violetas.
Muitas vezes é usado em jardins de forma ornamental – a maioria das pessoas desconhecem que as suas raízes são comestíveis.
Os tupinambos são úteis como sebes naturais ou corta-vento, pois apresentam poucas exigências. Alguns estudos apontam para a sua utilização depois de desbravar silvas, já que plantá-los no seu lugar parece ser uma prática com bons resultados.
Tupinambo
Usos e benefícios do tupinambo
O tupinambo é extremamente rico em vitaminas A, B3, C, ferro, cobre, fósforo, magnésio, zinco e potássio (podemos substituir as bananas pelo tupinambo) e proteínas.
Uma chávena de tupinambos contém 643 mg de potássio. O potássio é essencial para a saúde geral e pode ajudar a reduzir as doenças cardíacas. O aumento do potássio na dieta, além de reduzir o excesso de sódio, é especialmente benéfico para pessoas com risco de hipertensão.
Este alimento energético deve ser consumido por diabéticos, pois a sua substância de reserva é a insulina que se encontra próximo da frutose e não influencia os valores de glicemia no sangue.
Os tupinambos são uma óptima maneira de aumentar a ingestão de ferro, especialmente porque não contêm gordura e têm apenas 109 calorias por chávena. O ferro é um componente essencial das proteínas envolvidas no fornecimento de oxigénio a todas as células do corpo. A deficiência de ferro limita o fornecimento de oxigénio às células resultando em fadiga e diminuição da imunidade.
Pode também ajudar a diminuir o colesterol no sangue. Junto com a normalização dos níveis de triglicéridos no sangue, estes pequenos tubérculos afectam a maneira como o corpo metaboliza as gorduras graças aos seus altos níveis de probióticos.
O consumo de tupinambo é recomendado em casos de reumatismo, gota, insuficiência pancreática e obstipação. A sua ingestão no período pós-parto estimula a produção de leite materno.
Cultivo
É uma planta de fácil cultivo, mesmo em solos pouco férteis.
Devem ser plantados num local bastante ensolarado e adaptam-se a todos os tipos de solo. Apreciam regas regulares e são resistente a doenças e predadores.
A sua multiplicação é feita através da plantação dos tubérculos a partir do mês de Fevereiro.
Se esta planta encontrar as condições ideais para o seu crescimento pode tornar-se invasiva.
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Conservação
A melhor maneira de conservar os tupinambos é retirá-los do solo à medida que necessitamos ( a partir de Outubro até ao início da Primavera).
Culinária
Os tupinambos devem só ser consumidos quando chegam à maturidade, isto é, apenas quando a parte aérea da planta estiver seca.
O tupinambo pode ser comido cru e ralado em saladas. Pode também ser cozinhado como a batata, podendo ser frito, cozido, assado, purés, sopas, etc.
A cozedura dos tupinambos na água pode causar flatulência, por isso junte algumas sementes de funcho para minimizar esse efeito.
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