História do tricô
O tricô é uma prática milenar!
O tricô é a arte de entrelaçar fio com a ajuda de uma ou duas agulhas de tricotar, dando-se-lhe o formato que se pretender.
Essa formato pode ser recto ou redondo. Caso seja redondo recorre-se ao uso de duas agulhas ligadas por um fio forte de nylon.
Numa fase inicial, o têxtil utilizado era apenas o algodão, mas com a prática da pastorícia, e posteriormente com o auxílio de máquinas, foi sendo possível utilizar outros materiais, destacando-se a lã, o linho, a caxemira e angorá.
História
Pensa-se que esta técnica nasceu, provavelmente, no Egipto onde o entrelaçar dos fios era feito com a ajuda de ossos ou pedaços de madeira.
Os exemplares mais antigos que se conhecem datam de 1000 a.C. Tratam-se de meias descobertas no Egito com desenhos considerados bastante complexos, o que leva os arqueólogos a acreditarem que a técnica é extremamente antiga – pois para chegar a tal nível de complexidade são precisos muitos anos de tentativas falhadas ou menos perfeitas.
Os belgas levaram a técnica aos ingleses, onde as mulheres a desenvolveram para produzir meias e cachecóis que protegessem os seus maridos e os filhos contra o frio do inverno. Por este motivo, o tricô ficou relacionado ao tempo frio!
A partir do século XIX, passaram a usar as chamadas máquinas de tricô. Durante as duas grandes guerras mundiais, as mulheres tricotavam peças para os soldados como a balaclava, que se tornou moda.
Mas foi no final dos anos 60 que o tricô se popularizou definitiva e firmemente no mercado da moda, ocorrendo nos anos 70 um retorno ao tricô artesanal, que permanece até hoje.
Hoje em dia, as marcas reinventaram a técnica, criando malhas de verão feitas através de fios leves e apropriados para a estação.
Mitologia
“Na mitologia grega, Penélope (esposa de Ulisses) era filha de Icário e Periboea.
Penélope aguardava por Ulisses durante todo o seu retorno da Guerra de Tróia, narrado na Odisséia, de Homero.
Enquanto Ulisses guerreava em outras terras e seu destino era desconhecido, não se sabendo se estava vivo ou morto, o pai de Penélope sugeriu que sua filha se casasse novamente. Mas Penélope, uma mulher apaixonada e fiel ao seu marido, recusou, dizendo que o esperaria até a sua volta.
No entanto, diante da insistência de seu pai e para não desagradá-lo, resolveu aceitar a corte dos pretendentes à sua mão.
Para adiar o máximo possível o novo casamento, estabeleceu a condição de que se casaria somente após terminar de tecer uma peça. Durante o dia, aos olhos de todos, Penélope tecia, e à noite secretamente ela desmanchava.
A mortalha tecida por Penélope para poder ser desfeita só poderia ser feita em tricô, visto que ela a desfazia a noite para ganhar mais prazo para espera do seu amado Odisseu.”
O tricô nos dias de hoje
Apesar de ter sido ultrapassado por processos mecânicos e industriais, a verdade é que o tricô manual voltou a estar na moda, ora como passatempo, ora como pequeno negócio.
O tricô é praticado por lazer ou paixão e já não representa um meio de subsistência.
Usado em mobiliário, decoração de interiores, o tricô está em todo o lado!
Deixamos aqui alguns exemplos originais de peças feitas em tricô e crochet: