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Histórias, lendas e propriedades terapêuticas do azeite

in Medicina Natural, Saberes

Histórias e lendas sobre o azeite

O azeite é produzido a partir das azeitonas que são os frutos das oliveiras. É um alimento antigo e um clássico da culinária contemporânea.

A oliveira sempre foi considerada uma árvore mítica fundindo-se na história e cultura dos povos mediterrânicos. Desde os tempos antigos que é considerada símbolo da imortalidade, da paz, da sabedoria, abundância e glória para os povos.

Acredita-se que a sua origem se deu na Era Terciária, antes do aparecimento do Homem, na Ásia Menor, talvez na Síria ou na Palestina. Foram encontrados, nestas regiões, vestígios de instalações de produção de azeite, O facto é que em todo o Mediterrâneo foram encontradas folhas de oliveira, fossilizadas, datadas do Paleolítico e do Neolítico.

 

Benefícios do azeite

 

 Na antiguidade, o azeite era usado pelos povos da Mesopotâmia como protector contra o frio e para certas batalhas (untanvam o seu corpo com azeite). Por volta do ano 3000 A. C. a oliveira já era cultivada, por todo o Crescente Fértil. E acabou por se expandir pela Europa mediterrânica através dos fenícios e dos gregos. Estes e os romanos foram grandes produtores de azeite e acabaram por descobrir as suas múltiplas funções e propriedades terapêuticas, desde o seu uso culinário, a bálsamos, como remédio natural, perfumes, combustível para iluminação e até mesmo como impermeabilizante de tecidos.
Com as expedições marítimas portuguesas e espanholas, a oliveira chegou  às Américas. Depois, onde as condições climatéricas lhe foram favoráveis, foram-se propagando um pouco por todo o mundo.
Crescente fértil
Em Portugal, a cultura da Oliveira perde-se nos mais remotos tempos. Segundo reza a história, os Visigodos já a deviam ter herdado dos Romanos e estes, possivelmente, tinham-na encontrado na Península Ibérica. Por sua vez, os Árabes mantiveram a cultura e fizeram-na prosperar, sendo que a palavra “azeite” tem origem no vocábulo árabe “az-zait”, que significa “sumo de azeitona”.
As primeiras manifestações da importância da cultura da oliveira em Portugal aparecem nas províncias onde a reconquista cristã mais tardiamente se realizou. A Estremadura e o Alentejo foram as primeiras províncias portuguesas com os primeiros forais relativos à produção olivícola.
Oliveiras - Alentejo
Até ao século XIII, a cultura da oliveira e o seu interesse económico não é mencionado em Portugal. A partir dos princípios deste século, o azeite começou a ocupar um lugar importante no nosso comércio externo.
Anos mais tarde, com o seu papel na revitalização da agricultura em Portugal, as ordens religiosas começaram a dedicar uma especial atenção ao fabrico do azeite. Este óleo considerado “sagrado” veio a ter uma importância fundamental na economia do Convento de Santa Cruz de Coimbra, no Mosteiro de Alcobaça, na Ordem dos Freires de Cristo, na Ordem do Templo e na Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Mosteiro de Alcobaça
Assim, a oliveira tornou-se uma presença constante na agricultura portuguesa devido à sua resistência à seca e à sua fácil adaptação a terrenos rochosos.
Pensa-se que a espécie Olea europaea seja fruto do cruzamento de várias espécies. Entre os seus progenitores encontram-se a Olea africana, originária da Arábia e do Egipto, a Olea ferruginea, procedente da Ásia, e a Olea laperrinii abundante no Sul de Marrocos e nas Ilhas da Macarronésia.
Foi sempre património dos países mediterrâneos, mas hoje em dia encontra-se por toda a parte, desde a Argentina, Austrália, Chile, Estados Unidos da América, até ao Japão, México, China e República da África do Sul, entre outros.
História do azeite

Mitos e Lendas

A oliveira era considerada símbolo de sabedoria, paz, abundância e glória. Desde sempre, que é associada a práticas religiosas, mitos, tradições, usos medicinais e gastronómicos,etc.
Na antiga Grécia, as mulheres passavam longos períodos de tempo à sombra das oliveiras quando queriam engravidar. A madeira das oliveiras era usada para fazer ceptros reais e o azeite servia para ungir monarcas, sacerdotes e atletas. Com as folhas faziam-se grinaldas e coroas para os vencedores. Na mitologia grega, Atena deusa da paz e da sabedoria (filha de Zeus) era a mãe da árvore sob a qual nasceram Rómulo e Remo. Atena fez brotar, de um só golpe, uma oliveira, e com a sua bondade, ensinou o seu cultivo e o seu uso.
No Egipto, há seis mil anos, foi atribuído a Ísis (mulher de Osíris) o mérito de ensinar a cultivar a oliveira. Em Roma, foi Minerva (filha de Júpiter que a ofereceu aos romanos.
Em quase todas as religiões se fala da oliveira, árvore de civilizações longínquas, que tem lugar nos textos mais antigos, como:
  • no “Génesis” a pomba de Noé traz no bico um ramo de oliveira para lhe mostrar que o mundo revive;
  • No “Êxodo”, Yaveh prescreve a Moisés a “Santa Unção” na qual o Azeite se mistura com perfumes raros;
  • No Alcorão canta a árvore que nasce no monte Sinai e refere-se ao óleo que dela se extrai para ser transformado em luz de candeia “que parece um astro rutilante”, etc
Propriedades terapêuticas do azeite

Azeite

Propriedades e indicações terapêuticas

  • previne a arteriosclerose
  • melhora o funcionamento do sistema digestivo
  • melhora o funcionamento do pâncreas
  • benéfico nas úlceras e gastrites
  • protege contra doenças cardiovasculares
  • estimula o crescimento
  • regula o nível de colesterol
  • favorece a absorção de cálcio e minerais
  • tonifica e retarda o envelhecimento da pele
  • prisão de ventre
  • prevenção contra o cancro
  • estimula a vesícula biliar e o fígado
  • anti-inflamatório
  • analgésico
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